Perda Auditiva e Demência: Você sabe qual é a Relação?

Você sabia que a perda auditiva pode estar relacionada ao desenvolvimento de demências, como o Alzheimer?

Muitas pessoas ainda pensam que a audição se limita apenas aos ouvidos, mas a verdade é que escutar envolve diretamente o cérebro. A orelha é responsável pela captação dos sons, mas é o cérebro quem os interpreta. E quando a audição não está funcionando bem, várias áreas cerebrais passam a ser menos estimuladas — o que pode trazer consequências importantes para a saúde cognitiva.

O impacto da perda auditiva no cérebro

Estudos recentes mostram que indivíduos com perda auditiva não tratada têm maior risco de desenvolver algum tipo de demência quando comparados a pessoas com audição normal ou que fazem uso regular de aparelhos auditivos. A explicação para isso está no esforço cognitivo adicional que o cérebro precisa fazer para compreender os sons e a fala em ambientes do dia a dia.

Com o tempo, essa sobrecarga pode afetar outras funções cognitivas, como atenção, memória e raciocínio. Além disso, a falta de estimulação sonora contribui para uma redução na atividade de áreas cerebrais específicas, que começam a “desligar” por desuso — um fenômeno conhecido como neuroplasticidade negativa.

Isolamento, depressão e demência

Outra questão agravante é o impacto na vida social que a perda auditiva pode causar. Dificuldades para ouvir e compreender conversas podem levar ao isolamento, à redução da vida social e, em muitos casos, à depressão. Todos esses fatores estão diretamente associados ao aumento no risco de desenvolver demências.

Tratamento faz diferença!

A utilização de aparelhos auditivos tem mostrado um efeito protetor. Pessoas com perda auditiva que fazem uso dos dispositivos apresentam risco semelhante ao da população com audição normal no que diz respeito ao desenvolvimento de demências.

Por isso, identificar precocemente qualquer sinal de perda auditiva é fundamental. Realizar uma avaliação audiológica completa permite um diagnóstico preciso e a indicação do tratamento mais adequado.

Fique atento!

A audição é uma porta de entrada para o estímulo cerebral. Preservá-la não é apenas uma questão de comunicação — é também uma forma de cuidar da saúde do cérebro ao longo da vida. Se você ou alguém próximo apresenta dificuldade para ouvir, procure um profissional fonoaudiólogo e faça uma avaliação. Tratar a perda auditiva é uma atitude que protege muito mais do que os ouvidos: protege o seu cérebro e sua qualidade de vida!

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